Páginas

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cirurgia Plástica do Abdômen

 

Juntamente com a lipoaspiração e a colocação de próteses mamárias, a cirurgia plástica da parede abdominal está entre as mais procuradas pelas pacientes. Geralmente, as que nos procuram, são as que já tiveram seus filhos e que pretendem voltar à forma física anterior a gravidez.

Bem, durante o período da gestação, o aumento do tamanho do feto vai distendendo o útero da mulher e, conseqüentemente, também esticará sua pele, gordura e musculatura da parede abdominal. A grande distensão da pele e da gordura causará sobras de pele, flacidez e estrias, principalmente até a altura do umbigo. Algumas mulheres podem apresentar as estrias por todo o abdômen, tanto na frente quanto nas laterais como, às vezes, até nas costas.

Além destas alterações da pele e da gordura, a distensão da musculatura abdominal irá causar o alargamento da cintura e a projeção da barriga para frente. Devemos considerar que algumas mulheres apresentam estas alterações mesmo sem terem ficado grávidas. Isso ocorre com freqüência nas pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica para emagrecimento e que perderam muitos quilos.

Para corrigir estas mudanças induzidas pela gravidez ou pela perda acentuada de peso, a abdominoplastia, também chamada de dermo-lipectomia abdominal ou simplesmente plástica abdominal, será o procedimento adequado.

Será retirado o excesso de pele e gordura através de uma incisão colocada na parte inferior do abdômen, bem onde a pele se dobra ao sentarmos. Quanto maior a quantidade de pele, maior a cicatriz. Nos casos mais avançados, o umbigo terá que ser reconstruído. Procuramos, hoje em dia, posicionar a cicatriz do umbigo reconstruído em sua profundidade, para que ela não seja visível ou, pelo menos, para que não chame à atenção no pós-operatório tardio. Isso permite que a mulher use um biquíni sem ser notado que tenha se submetido ao procedimento cirúrgico.

Nos casos em que a paciente não tem tanta pele para ser retirada, podemos realizar a mini-abdominoplastia, quando o umbigo não precisa ser reconstruído.

Atualmente, em quase todos os casos, associamos a lipoaspiração na frente, nas laterais e nas regiões lombares, perfazendo a lipo-abdominolastia.

É importante a prevenção da trombose venosa profunda nas veias das pernas, pois sua incidência está aumentada neste procedimento. Isso é feito com o uso de meia elástica apropriada e com aparelhos compressores da musculatura das panturrilhas durante a cirurgia. Se a paciente se utilizar de anticoncepcionais, pedimos para cessar o uso, pelo menos com 2 semanas de antecedência. Se houver o hábito do cigarro, orientamos que se pare de fumar por, no mínimo, 1 mês antes da cirurgia. Em alguns casos há a necessidade do uso de anticoagulantes por alguns dias.

A cirurgia tem um pós-operatório pouco doloroso. Para pacientes que trabalham em ocupações que exigem pouco esforço físico, 3 semanas costumam ser suficientes para retornar ao trabalho. Orientamos o uso de cintas elásticas compressivas por 2 meses e drenagem linfática para diminuir os inchaços no primeiro mês de pós-operatório. No decorrer dos futuros artigos estarei discutindo diversos outros aspectos desta cirurgia. Por hoje é isso!

Dr Edmilson Micali