Toda lesão na nossa pele ocasionará uma cicatriz, que será mais ou menos visível dependendo de muitos fatores. Um dos mais relevantes é o fator racial. Os negros e os orientais têm uma tendência maior a terem cicatrizes escuras e/ou “grossas”.
As cicatrizes da nossa pele passam por diferentes fases. No início apresentam-se avermelhadas e endurecidas. Na maioria das vezes ocorre coceira e, em alguns casos, os pacientes podem referir dor ou um pouco de anestesia no local. Aos poucos estas sensações vão cedendo, a consistência da pele vai voltando ao normal, assim como a sua cor. Este retorno à normalidade varia entre 12 a 18 meses. Em alguns pacientes esta recuperação é mais rápida.
Enquanto a coloração da cicatriz estiver alterada, desaconselhamos que se tome sol no local, pois ele pode torná-la definitivamente escurecida e marcada. Por isso, o uso de protetor solar sempre é recomendado.
Em cicatrizes que começam a engrossar, o tratamento compressivo com malhas ou placas de silicone pode ser necessário. Estas cicatrizes são chamadas hipertróficas.
A persistência de um aspecto “engrossado” pode requerer um retoque cirúrgico da cicatriz. Nestes casos, muitas vezes se faz necessária a chamada “Beta-terapia”. Deve ser iniciada de 1 a 2 dias depois do retoque cirúrgico. Geralmente são 10 sessões durante 2 semanas. Este tratamento consiste em um tipo de radioterapia que só atinge a espessura da pele, com a intenção de diminuir a produção de tecido colágeno, que é o que “endurece e engrossa” a cicatriz..
Já as chamadas cicatrizes quelóides atingem uma minoria de pessoas. São cicatrizes muito grossas que ultrapassam os limites da lesão inicial. O tratamento se faz da mesma maneira que já foi citado: ressecção da cicatriz, Beta-terapia e compressão. A infiltração de medicamentos chamados corticóides pode ser útil.
Em relação à coloração, naquelas cicatrizes que permanecem finas e discretas, porém muito claras, a pigmentação com técnica de maquiagem definitiva tem muito bom resultado. Cicatrizes que permanecem escuras podem ser tratadas com diversos cremes, gel e loções orientados por dermatologista, se necessário.
Algumas outras peculiaridades sobre cicatrizes:
- Cirurgias de rejuvenescimento facial raramente apresentam quelóide ou cicatriz mais grossa, mesmo em pacientes que tenham tendências a má cicatrização.
- A região do ombro, da “canela”, laterais das coxas e bem no meio do tórax, são áreas que têm propensão a formarem cicatriz mais grossa.
- Na cirurgia estética do nariz, mesmo se houver alguma cicatriz por fora do nariz, elas não são notadas.
- As lipoaspirações apresentam cicatrizes de 0,5 a 1 cm que são colocadas em dobras de pele ou em regiões abaixo das roupas usuais.
Cuidados com a hidratação da pele e eventualmente drenagem linfática também colaboram com a boa cicatrização.
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